Recuperação do comércio alimentício

Quais são as oportunidades para a recuperação do comércio alimentício?

Inovação é a palavra-chave para a retomada do crescimento do comércio no setor
alimentício, uma vez que os hábitos de consumo mudaram bastante durante a
pandemia. Isso ocorreu, porque várias pessoas deixaram de frequentar restaurantes e
lanchonetes para se alimentarem em casa.
Não é novidade que muitos empreendedores passaram por dificuldades nesse
momento crítico da pandemia do Coronavírus e até mesmo aqueles que estão há anos
no mercado sofreram as consequências desse período. De acordo com a Associação
Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), 20% dos estabelecimentos no Brasil não
voltarão a funcionar depois que tudo se normalizar. Desta forma, todos aqueles que se
adaptarem à nova realidade terão chances maiores de continuar atuando no mercado.
Segundo uma pesquisa feita pela consultoria especializada em food service Galunion,
90% dos entrevistados estão evitando comer fora de casa, isso explica a redução nas
vendas dos restaurantes, lanchonetes, bares, etc. Essa pesquisa também aponta as
principais preocupações dos consumidores que são: saúde, segurança e solidariedade,
dessa forma o comércio que promover ações para aumentar o nível de confiança do
consumidor, tem maior possibilidade de se sobressair durante essa crise.
Além disso, nessa mesma pesquisa pode se observar que quando o assunto é
delivery, o brasileiro se preocupa mais com a maneira como a comida é preparada,
com a embalagem do alimento e por último o transporte e a entrega. Além de tudo, o
cliente confia mais em fazer o pedido pelos apps – Ifood, UberEats, Rappi. Logo, o
delivery é vital para a sobrevivência do comércio alimentício.
Portanto, os estabelecimentos que tiverem as melhores estratégias de inovação,
conseguirem se adaptar à nova forma de consumo de seus cliente e se enquadrarem
nas novas tecnologia tem grande possibilidade de retomar o seu crescimento.

Aprenda com as grandes empresas

O CEO do Burger King, Iuri Miranda, conta na entrevista para a SAP NOW, as
medidas que a empresa tomou para driblar a crise econômica causa pela pandemia da
Covid 19.
Esse fast food adquiriu um cardápio de multicanais com a finalidade de atender os
pedidos de seus clientes sem perder a qualidade de seus produtos e atendimento. De
acordo com Iuri Miranda, antes da pandemia as vendas do Burger King eram feitas em
sua maioria dentro de suas lojas. Agora, com esse novo cenário, mais da metade são
feitas pelo drive-thru, mais de um terço pelo delivery e uma boa parte pelo take away,
que é comprar a refeição no restaurante e consumir fora dele.
Na entrevista, Miranda fala que as empresas tradicionais foram forçadas a terem
atitudes como as novas startups, as quais focam na demanda do cliente. Segundo o
CEO da Burger King Brasil, o grande contratempo é fornecer a melhor experiência para
que o cliente identifique a qualidade do produto independente do canal escolhido. Ele
também ressalta que é fundamental saber utilizar a tecnologia para que os pratos
cheguem até o consumidor como se ele estivesse fazendo o seu pedido no salão da
loja.
Segundo o CEO, houve um crescimento de 800% dos pedidos pelos canais digitais,
comparada com esse mesmo período em 2019. Foi registrado mais de 24 milhões de
downloads do aplicativo do Burger King durante a quarentena. Miranda ainda comenta
que o grande desafio das empresas como a dele é conquistar consumidores que têm
um contato digital e ao mesmo tempo incentivar os clientes a voltarem a frequentar os
antigos canais, como as lojas.